terça-feira, 4 de dezembro de 2018

Nova trilha

São quase dois meses vivendo sem o status 'empregada'. Pedi demissão em dezembro de 2017 de um site renomado para cuidar da minha bebê. E como estou? Muito feliz. Sinto que não me limito mais, que estou vivendo mais. Faço o que eu quero, no momento que eu quero. As únicas pessoas que presto contas pelas minhas ações agora são aquelas que estão ligadas a mim porque eu me importo com elas e não porque pagam meu salário. Isso é tão bom, tão libertador! Hoje, se eu faço algo para alguém, talvez a única moeda de troca que espero é uma pura e singela: afeição.

E não é assim que deveria ser a nossa vida?

Nesse pouco tempo em casa, já me aventurei pelos caminhos óbvios: cozinheira, lavadeira e passadeira. Mas também por aqueles que tinha vontade, mas que, dessa vez, não me auto-sabotei e fui lá e fiz. Transformei um caixote de feira em um móvel, fiz um kit higiene de cimento para o banheiro, aprendi a editar minhas fotos no Lightroom, já vou pro quarto livro lido esse ano, atualizei meu blog, e estou criando o cartão de visita do Allan no Photoshop.

Percebi nesse pouco tempo como meu exterior se modificou. Estou mais calma, mais racional, mais eu mesma. Sempre fui apaixonada por conhecimento, mas havia me esquecido disso nos últimos três anos.

Eu precisava desacelerar e refletir sobre o que eu estava fazendo com a minha vida. E as perguntas não terminaram. Tenho muito o que pensar, mudar, ouvir e aprender. 

Escrever

'Temos que aceitar que, entre o que sentimos e o que dizemos que sentimos, há fronteira de imprecisão oceânica'. Encontrei essa frase no livro que estou lendo atualmente chamado 'Em Busca de Nós Mesmos' e me identifiquei bastante.

Realmente é muito difícil mostrar para a outra pessoa o que se passa dentro da gente. Tenho mais facilidade em escrever sobre os meus sentimentos do que falar deles para alguém e, mesmo assim, não tenho certeza se consigo passar da maneira que queria.

É pedir demais, talvez, esperar que a outra pessoa sinta perfeitamente o que você sente apenas com palavras. Ultrapassa nossas limitações. Cada ser humano tem diferentes percepções, experiências e expectativas. Depende desses e outro fatores para que haja o alinhamento total.

O meu conselho para nós que dedicamos a escrita é continuar pensando no receptor, mas não tanto. Falo isso sobretudo pra mim mesma. 
Edições são importantes, mas têm defeitos que podem ser apenas questões de ponto de vista. 


Ida e vinda

Tentei migrar pra outra plataforma de conteúdo, mas não tive sucesso. Layout muito claro, estranho, não tinha nada a ver comigo. Qual é o grande problema, afinal, em ficar por aqui? É aqui que me sinto em casa, meu cantinho nesse mundo virtual.
A mudança de conteúdo e visual que procurei em outro lugar posso fazer no blogger. É um meio antigo, do início da internet, com várias limitações, mas que eu definitivamente amo e ainda não estou disposta a desapegar.
Vou compartilhar textos que escrevi por lá e dar sequência a esse projeto que me deixa tão mais feliz, só que agora, com muitos mais ilustrações da vida real.
E aí, vamos nessa?