quarta-feira, 22 de novembro de 2017

22/11

O que contribui para a felicidade doméstica? Uma casa limpa e arrumada, ou um marido engraçado e falante? Trabalho, cuido da casa, da neném e ainda tenho que arrumar a bagunça extra dele. Não consigo ser feliz, assim. O cansaço é maior do que a minha vontade de sorrir, de escutar, de ser eu mesma. As vezes, fico pensando se não dei um passo maior do que a perna. A verdade é que estou exausta. Exausta de tudo. Só queria viver com menos responsabilidades. Uma utopia sendo adulta, mãe, esposa...

terça-feira, 7 de novembro de 2017

Tic-tac

Peguei um caderno e o chamei de diário decidida de que voltaria a escrever sobre minha vida em uma folha de papel. Pura ilusão. Se escrevi até agora quatro vezes nele foi muito. O que é uma pena. Além de todo romantismo, parece algo mais humano e verdadeiro do que se expressar na internet.

Ultimamente estou me abrindo bastante no instagram. Falo muito sobre maternidade e fico pensando se estou me limitando apenas nisso. Tipo, me tornado só mãe. Eu, Aline, sou muito mais do que mãe. Mãe é apenas mais uma característica minha. Será que meus seguidores veem assim também? Porque eu devo me importar com a opinião deles, afinal? E, sobretudo, porque eu escrevo sobre meus dias nas redes sociais para pessoas que não fazem parte efetivamente da minha vida?

O mundo está mudando, e mesmo sem querer, acabamos indo com ele. Fazemos coisas e só depois questionamos o porquê. A solução pra tudo isso eu sei faz tempo: é desacelerar. Poderia escrever novamente em um diário físico, me conhecer melhor, voltar a ler livros... tanta coisa! Mas a questão é: como efetivamente materializar?  

Vai entender

Por dois dias, meu mundo ficou sem chão. É assim que me senti quando cometi um erro gravíssimo durante o trabalho e fui alertada que poderia ser demitida. O pior é que essa dúvida ficou no ar 48h. Tempo suficiente para me deixar em estado hiper depressivo.

As cores ao meu redor mudaram. Nada era bom no meu paladar. Meu amor próprio foi esquecido. Não tinha vontade de nada. Me senti a pessoa mais frágil do mundo. Só mais um sopro e eu desmoronava de vez.

Todo esse terrorismo pra quê? Para não me demitirem no final das contas. Logo depois que eu comecei a me acostumar com a ideia, levantar e fazer planos...

Palhaçada.