quarta-feira, 29 de abril de 2015

Cinema nacional


Recentemente, eu e uma amiga criamos um programa sobre cinema na rádio da faculdade. Como vai ao ar toda semana, abordamos vários assuntos que vão desde Woody Allen a Audrey Hepburn. Mas outro dia notei nosso descuido ao olhar para a grade e não encontrar nada sobre o cinema nacional.

Resolvi o problema pautando o tema. Depois de pesquisar, tentei assistir alguns filmes nacionais que conheci, mas para a minha surpresa, encontrei poucos links disponíveis.

Não há como comparar a oferta que há na internet de filmes nacionais com a de estrangeiros. Somos educados a achar que tudo o que vem de fora é melhor, e com orgulho repetimos como zumbis que Hollywood é melhor sem ao menos conhecer o próprio mercado nacional.

No cinema não é diferente, só tem filme "American way of life" em cartaz. Sei que é bom, às vezes, ver um filme de romance bobinho, rir à toa ou apreciar um 3D repleto de efeitos especiais. Mas outras vezes, gostaria de refletir sobre a condição humana, o capitalismo, só que as salas de cinema (na sua maioria) não oferecem essa pluralidade.

Claro que amo o cinema estrangeiro, mas sei que é injusto não conhecer o do meu país e atirar tomates. Esse texto, antes de tudo, é um puxão de orelha para mim mesma.

sexta-feira, 10 de abril de 2015

Jornalismo em tempos modernos

Imagem: via

No filme Laranja Mecânica, uma frase em particular me chamou a atenção. Na cena, o protagonista Alex DeLarge dizia como as cores do mundo real pareciam muito mais reais quando vistas no cinema. O que não é de se admirar, pois, com a correria do mundo moderno, o homem é instruído a fazer tanta coisa ao mesmo tempo que acaba entrando no modo automático.

A ciência e a psicologia confirmam que o cérebro humano não foi projetado para fazer várias atividades ao mesmo tempo, e, a longo prazo, por precisarmos estar sempre alertas, perdemos a capacidade de nos concentrar.

Os ilusionistas, por exemplo, aproveitam dessa incapacidade para nos distrair e fazer a magia acontecer, mas eles são exceções já que, na maior parte das vezes, são os profissionais quem são prejudicados por essa falta de concentração.

Hoje o mercado de trabalho opta por pessoas dispostas a realizarem mais de uma atividade ao mesmo tempo. As empresas de comunicação, por exemplo, exigem cada vez mais um jornalista "completo": aquele que é pauteiro, fotógrafo, editor, um polivalente e tudo em um pequeno prazo de tempo.

Uma das minhas professoras de jornalismo, ao comentar sobre o bombardeio diário de informações hoje em dia, observou que isso não significa estarmos absorvendo conteúdo, pois essa notícia transmitida é muito superficial.

Segundo estudos, adeptos crônicos de multitarefas, diante de tantos fluxos de informações, além de não conseguirem prestar atenção, não controlam a memória e nem passam um assunto para outra pessoa tão bem como indivíduos que concluem uma tarefa de cada vez. Que ótimo jornalista daria esse, ein!

Seria surpreendente se em meio a toda essa correria profissional alguém conseguisse parar cinco minutos para olhar para o céu apenas para analisar as cores...

segunda-feira, 6 de abril de 2015

Será que será?



Semana passada, para relaxar a cabeça, fui assistir algum seriado com líderes de torcidas, nerds excluídas, cara misterioso... Sabe, todo aquele clichê americano. E acho que perdi o interesse, pois não consegui chegar aos 20 minutos.

E não é de agora que tenho notando isso. A verdade é que pela primeira vez na vida, me pego olhando para o mundo adulto com curiosidade. Como é ser solteira aos 27 anos sem a insegurança própria da adolescência nos reprimindo de tudo?


"Um dia acordamos e não nos reconhecemos"
Sex and the City, ep.09