terça-feira, 7 de novembro de 2017

Tic-tac

Peguei um caderno e o chamei de diário decidida de que voltaria a escrever sobre minha vida em uma folha de papel. Pura ilusão. Se escrevi até agora quatro vezes nele foi muito. O que é uma pena. Além de todo romantismo, parece algo mais humano e verdadeiro do que se expressar na internet.

Ultimamente estou me abrindo bastante no instagram. Falo muito sobre maternidade e fico pensando se estou me limitando apenas nisso. Tipo, me tornado só mãe. Eu, Aline, sou muito mais do que mãe. Mãe é apenas mais uma característica minha. Será que meus seguidores veem assim também? Porque eu devo me importar com a opinião deles, afinal? E, sobretudo, porque eu escrevo sobre meus dias nas redes sociais para pessoas que não fazem parte efetivamente da minha vida?

O mundo está mudando, e mesmo sem querer, acabamos indo com ele. Fazemos coisas e só depois questionamos o porquê. A solução pra tudo isso eu sei faz tempo: é desacelerar. Poderia escrever novamente em um diário físico, me conhecer melhor, voltar a ler livros... tanta coisa! Mas a questão é: como efetivamente materializar?  

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