quarta-feira, 3 de maio de 2017

Algumas linhas sobre meu trabalho

Quando entrei no veículo de comunicação em que eu trabalho, a coisa mais difícil foi me adaptar e pegar a linha editorial do site. Depois de meses pensando em desistir, indo e voltando do serviço desanimada, finalmente entrei nos trilhos e hoje, mal me lembro dessa fase problemática.

Gosto muito do que faço, das pessoas com quem trabalho e tenho dificuldades de me imaginar em outra profissão. Porém, não descarto a possibilidade de sair de lá.

Meu salário é vergonhoso e já deixaram claro em mais de uma oportunidade que não há perspectiva de aumento. Sinceramente, se não fosse pelo Allan eu não conseguiria sobreviver com o que ganho.

O pior é que o lugar onde eu trabalho é melhor lugar da cidade. Nos outros veículos, os direitos trabalhistas são extremamente desrespeitados. Conheci uma menina que trabalhava em troca de roupas...

Não sei o que fazer quanto a isso. Pode ser que durante os meses de licença em que estarei em casa  consiga pensar em uma alternativa.

terça-feira, 2 de maio de 2017

5 anos depois

"Cresci numa cidade pequena
E quando a chuva caía
Eu ficava na minha janela
Sonhando com o que poderia ser
E se eu terminaria feliz"


Faz cinco anos desde que sai da casa dos meus pais. Parece pouco tempo e, ainda assim, uma eternidade. Não tem um dia que eu não pense naquela época, nos meus pais, na minha irmã, nos meus avós, e não sinta saudades... Minha mãe estava certa quando dizia para eu não ter pressa de crescer. A melhor fase da vida, sem dúvidas, é quando você é criança.

Aos 17 anos, sai do aconchego, das coisas que me eram familiares, e fui para a cidade grande estudar. Morei com uma amiga e juntas aprendemos a caminhar com as próprias pernas. Quatro anos depois, quando terminei a graduação, fui para outro estado bem longe das minhas raízes e de rostos conhecidos. Não me arrependo das minhas escolhas. Passei a dar mais valor nas coisas que eu tinha e lutar pelas que ainda não havia alcançado.

Como antes, não sei ainda o que o futuro me reserva e continuo olhando para a janela em dias chuvosos pensando nele. Se eu sou feliz depois desses cinco anos fora do ninho? Sim, porque mesmo quando estou trilhando na escuridão, sinto a mão da minha família comigo e atravesso sorrindo.