terça-feira, 26 de janeiro de 2016

2012

O meu nirvana era na montanha de árvores verdes, com clareiras escondidas e riachos cristalinos.
Ali eu deitava em qualquer lugar e esquecia de todos os problemas do mundo.
Sentia que a cada raio de sol que penetrava pelas árvores, que a cada vento que chegava ao meu corpo, a paz me abraçava e me trazia uma saudosa embriaguez.
Antes, quando chegava ao meu limite e queria sumir, eu me transportava mentalmente para esse lugar. Era o meu jeito de contar até dez e enfrentar a realidade.

Céu noturno

Toda noite ela o esperava em sua varanda, ansiosa.
Ele a tocava, mexia nos seus cabelos, e às vezes, um beijo doce surgia inesperadamente.
Fazia refletir sobre tantas coisas que, a cada encontro, ela saia mais segura sobre o mundo.
Não cansava de olhá-lo. Era tão lindo e falava coisas tão maravilhosas.
Mas as mentiras deles as vezes apareciam. A menina ignorava, pois a paixão a cegava e continuava desejando que todos os dias fossem como aquelas noites.
Mas um dia, ela se tornou uma mulher, cresceu e esqueceu dele...
 

sexta-feira, 1 de janeiro de 2016

4° dia

O dia começou com um café da manhã monstro no Mercado Municipal. Nunca vi tanto exagero em um lanche. O meu era de queijo, como de praxe, e do Allan de mortadela. Era quase quatro dedos de recheio, não consegui comer nem a metade da metade.Em seguida fomos para a 25 de março. Se tivesse dinheiro teria comprado tanta coisa. Era tanta mercadoria barata. Compramos somente presentes para os familiares.Por lá, passamos também em uma exposição de moedas antigas que estava rolando no Banespa. Tinha moedas de civilizações anteriores ao nascimento de Cristo, e até uma do tio patinhas da Disney. De tarde, conhecemos a Pinacoteca, e amamos demais tudo que vimos, mas as minhas obras preferidas foram aquelas que retratavam a natureza do Brasil Colonial. Ficamos lá por horas, que passaram como se fossem minutos. O Allan sugeriu visitarmos o Museu da Língua Portuguesa que ficava pertinho dali, mas eu rejeitei pois lembrei que a Thay ou a Domi havia comentado que não tinha nada demais no museu. Uma semana depois, o local pegou fogo e soubemos que foram perdidas obras de valor imensurável. De fato, nós deveríamos ter ido...
A noite, abrimos espaço para uma passeio mais próximo e comemos em uma pizzaria no Copan mesmo. Fomos para a cama antes das 22h. Algo interessante é que o nosso apartamento ficava tão no alto que enquanto o elevador não chegava no nosso andar, sentíamos a pressão atmosférica tampar nosso ouvido.